Disciplina - Biologia

Biologia & Ciências

01/03/2013

Usinas vão aproveitar bagaço e palha da cana-de-açúcar para fazer etanol

Por André Godinho

A produção deve chegar ao mercado em 2016. Com um custo menor, o consumidor pode esperar preços mais atrativos nos postos de combustíveis.

No interior de São Paulo, um avanço da tecnologia vai aumentar a produção de álcool aproveitando a mesma safra da cana-de-açúcar, novidade que deve baixar o preço do combustível.

Nas usinas, o bagaço que sobra da moagem da cana forma montanhas. Ele é aproveitado nas caldeiras. Queimado, se transforma em energia elétrica utilizada pela própria usina e pelas distribuidoras de energia.

A partir do ano que vem, o bagaço vai ter outra função: também vai se transformar em combustível. Em São Manuel, no interior de São Paulo, o etanol será produzido do bagaço e da palha, e vai ter a mesma qualidade do que é produzido da cana-de-açúcar.

Uma das vantagens é o aumento da produção, com aproveitamento do mesmo espaço plantado. “Você consegue extrair com essa tecnologia até 50% a mais de produção de etanol e o custo de produção desse etanol vai ser abaixo do custo atual de primeira geração”, ressalta Oswaldo Godoy Neto, gerente de projetos do CTC de Piracicaba.

Uma das apostas do etanol de segunda geração é que, durante a entressafra, que vai de dezembro até abril, as usinas possam continuar operando, já que diferentemente da cana-de-açúcar, o bagaço e palha podem ser estocados e processados durante o ano todo.

A produção deve chegar ao mercado em 2016 e em uma usina deve pular dos atuais 140 milhões para 200 milhões de litros de litros por ano. Com um custo menor, o consumidor pode esperar preços mais atrativos nos postos de combustíveis.


Esta notícia foi publicada em 01/03/2013 no site www.g1.globo.com. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.
Recomendar esta notícia via e-mail:

Campos com (*) são obrigatórios.